30 anos de quadrinhos

Em agosto de 1980, tive um problema de saúde e, por isso, não fui para a escola. Naquela ocasião, pedi para minha mãe que me trouxesse uma 'revistinha'... e ela o fez; trouxe um exemplar da revista do HULK n. 20 (Crise na contra-terra) - um episódio no qual o personagem é enviado para um planeta terra criado pelo 'Alto Evolucionário' e que ficava (acho que ainda fica) na mesma órbita de 'nosso planeta', em sentido diametralmente oposto - o fato é que, depois dessa revista, comecei a comprar diversos títulos e hoje, 8.000 (oito mil) revistas depois, tive a iniciativa de dividir meus conhecimentos na área com a comunidade de internautas interessadas no tema (Mãe, meu muito obrigado!!!!).
A idéia com QUADRICOMICS é a de criar um ambiente onde a 'arte seqüencial' seja comentada, discutida, divulgada, não se limitando ao universo das histórias em quadrinho, mas, e quando possível, fazendo ligações com outras mídias.
Num segundo momento, convido os interessados a divulgar seu material através do blog, para criarmos uma cultura de quadrinho made in Brasil, à semelhança do que diversos artistas e editoras têm feito com os quadrinhos produzidos no país.

domingo, 11 de julho de 2010

STAR MAIDENS - Fuga do Planeta das Mulheres


Bom, eu era muito pequeno, acho que tinha uns 4 ou 5 anos de idade, não lembro o canal onde passava, mas achava legal a abertura e os discos voadores que apareciam na série STAR MAIDENS - ESCAPE TO PARADISE. No Brasil, pelo que me recordo, a série foi batizada de Fuga do Planeta das Mulheres - numa alusão ao seriado LOGAN'S RUN (Fuga do século XXIII, ou Fuga das Estrelas). O ambiente do filme é uma distopia, na qual um planeta (MEDUSA) de um outro sistema solar, tecnologicamente avançado é atingido por um cometa e isso causa o deslocamento de sua órbita e esse planeta errante passa a vagar até chegar em nosso sistema solar. A civilização desse planeta sobrevive ao cataclismo, construindo um habitat subterrâneo (para justificar a sobrevivência daquela raça, etc), onde, com o passar do tempo, passou a ser dominado pelas mulheres, e os poucos homens que restaram exercem funções servis. A premissa: os dois protagonistas da série ADAM e SHEM fogem dos auspícios das ditadoras do planeta. Duas caçadoras (FULVIA e OCTAVIA) são enviadas para os trazer de volta. Eles se refugiam na terra, onde, além da preocupação em se manterem incógnitos, se vêem às voltas com nossos hábitos e cultura alienígenas. Teve 13 episódios que estão disponíveis na rede. A trilha sonora de abertura é muito boa, e, no geral, o seriado até que é interessante.

Segue aí, o link para a trilha sonora: http://www.youtube.com/watch?v=E5u4MmCuMTk

domingo, 4 de julho de 2010

HULK 20, a 'número um'!


Essa é a capa da primeira revista da minha coleção!
Hulk 20, publicada em agosto de 1980, pela Rio Gráfica Editora.

Ah... na época havia uma promoção, junto com a revista você ganhava um brinde... eu ganhei uma miniatura do Hulk em plástico.

Retalhei o Almanaque Marvel 10




Ainda não acostumado com o universo das histórias em quadrinhos, mas, fascinado pelos desenhos, peguei essa revista que estava lá em casa (acho que foi meu irmão quem a trouxe para casa), comecei a recortar alguns desenhos, especialmente os do NOVA, pois achava legal aquele lance dele voar e das pernas virarem um feixe de raios luminosos (como acontecia com parte dos personagens de desenho animado, como nos SuperAmigos, por exemplo, em que o Vulcão Negro e o Samurai voavam, um tinha um raio no lugar das pernas, ou outro, um tornado... aliás, o Tornado Vermelho da Liga da Justiça, o Homem-Negativo, da Patrulha do Destino, tinham seus corpos transmutados em vento ou raio...). Bom, agora, para me redimir da LESEIRA (abaixo, o significado do termo), vou comprar a coleção disponível no Mercado Livre.

*s.f. Bras. Preguiça, indolência; moleza, lerdice. ou, sinônimo de idiotice, palermice e toleima (disponível em http://www.dicio.com.br/leseira/

Um pouco antes dos Super Heróis


Confesso, havia uma predisposição em casa para que eu começasse a ler quadrinhos (gibis). Meu irmão mais velho, o Franklin, colecionava diversas revistas da disney, em especial, o Tio Patinhas. Lembro que um dos meus primeiros contatos com quadrinhos se deu através da dessa edição especial comemorativa do Cinquentenário Disney. O exemplar (que se perdeu lá em casa, mas tratei de comprar um outro, anos depois, numa feira de antiguidades em São Paulo - lembra Maneco?) traz uma seleção com as primeiras histórias dos personagens, e algumas outras curiosidades. Quem sabe a gente não publica um 'trailer' desse material por aqui??

Coisas muito estranhas



Ao chegar em Manaus, no início dos anos 1980, tive contato com algumas revistas de terror que meu irmão colecionava. Uma dessas revistas é a memorável SPEKTRO, cuja linha de histórias abrangia temas como vampirismo, licantropia, voodu, entre outros temas interessantes do folclore estrangeiro e nacional.

F-O-L-C-L-O-R-E... isso mesmo... histórias que as pessoas contam de eventos que 'ouviram dizer', 'ouviram falar', e que se incorporam ao contexto cultural de suas vidas... dependendo da estrutura dessas histórias, e da capacidade delas serem absorvidas pelas futuras gerações, mesmo em lugares distintos dos de sua origem, vão se incorporando à memória coletiva (um tipo de 'propagação memética', mas, falaremos sobre isso depois...)

O fato é que fiquei bastante interessado nesse tema, e quando as histórias envolviam discos voadores, aí, era pura diversão! Um forte abraço ao OTACÍLIO D'ASSUNÇÃO BARROS (o OTA), pela iniciativa de retomar a publicação.

*O termo folk-lore foi criado pelo antiquário inglês, William John Thoms, que nasceu em 1803 e morreu em 1885. em 22 de agosto de 1846, William, usando o pseudônimo de Ambrose Merton, publica um artigo com o título Folk-lore, na revista The Athenaeum, de Londres. Propunha o termo, como expressão técnica apropriada ao estudo das lendas, tradições e da literatura popular, tendo essa definição o significado de "a sabedoria do povo"
William John Thoms, como era antiquário, associou o folclore às antiguidades populares, e essa associação permaneceu, sob muitas formas, em diversos conceitos do folclore.
Folk quer dizer povo, nação família; Lore significa instrução, conhecimento, saber, portanto, Folk-lore ou Folclore quer dizer a ciência ou sabedoria popular.

PROJETO U.F.O


No final do anos 1970, a Globo exibia uma série, depois do Fantástico, chamada de Projeto U.F.O.
Na esteira do sensacional 'Close encounters of the third kind' (Contatos imediatos...), o enlatado tinha como enredo *uma adaptação livre de relatos reais contidos no livro “Project Blue Book”. O seriado foi criado por Jack Webb, que também criou a famosa série “Dragnet”, enquanto estudava arquivos da força aérea a procura de novas idéias para um episódio. A série era centrada em dois investigadores da força aérea norte-americana encarregados de investigar o aparecimento de OVNIs. A primeira temporada foi protagonizada pelo ator William Jordan (que permaneceu somente a primeira temporada de 1978) como Major Jake Gatlin e Caskey Swaim como Sargento Harry Fitz.Já na segunda temporada o papel de Jordam foi substituído por Edward Winter como Capitão Ben Ryan e também contou com a presença de Aldine King como Libby Virdon. No episódio piloto, o Major Gatlin informa ao Sargento Fitz, que havia sido recentemente nomeado para esse cargo, que era impossível provar através dos negativos a existência dos tais OVNIs e desta forma procuravam outras possíveis explicações alternativas.O espetáculo procurava encontrar explicações convencionais, mas alguns continham muitas deduções inexplicáveis e sugestionava um contato alienígena. Já na segunda temporada, os investigadores experimentam a visita de um OVNI, mas gastam a maior parte do tempo em descobrir alguma explicação convencional para o que eles vêem e somente durante os últimos cinco minutos finais, são reveladas que o OVNI eram fenômenos semelhantemente inexplicáveis, por eles estarem demasiadamente envolvidos nas descobertas.

** disponível em http://www.youtube.com/watch?v=yVVADz0Afss (abertura)

CHA KA OGANZA BIZAZA!


Na minha modesta opinião, os Irmãos Kroft (Sid e Marty), no que diz respeito aos programas de entretenimento que produziram, merecem relevante destaque, assim como o que é devido aos sócios Joseph HANNA e William BARBERA; a infância de uma geração (os nascidos em meados dos anos 60 em diante - até meados dos anos 80) teve o privilégio de assistir memoráveis programas (desenhos e 'live actions).
Para quem não lembra (ou não sabe, ou não viu) 'O elo perdido' tinha como cenário uma terra situada num universo paralelo, e que agregava alguns mistérios (os pilares, a cidade de Altrusia, seres pré-históricos, alienígenas e passagens para outras dimensões). A chegada da família Marsall apresenta aos espectadores o dia-a-dia dos exploradores, lidando com a sobrevivência e com a tentativa de voltar para casa (alguém aí achou essa trama parecida com recém-famoso seriado de TV??) O fato é que os Marshall nunca voltaram para casa, pois, como explicou Enik (o sleestak do bem), na terra dos perdidos (Land of the Lost), se um sai, outro deve entrar em seu lugar...então, indaga-se, quem foram os três que os Marshall substituíram?
Com uma nova tendência da indústria do cinema, de gravar novas seqüências, como se fossem novas séries para as franquias (Terminator, MadMax) e prequels (The Sum of All Fears e, recentemente, John Carpenter's The Thing - sim meus caros companheiros, um Diretor está em fase de pré-produção da pre-sequência do filme O Enigma do Outro Mundo...lembram da base dos noruegueses? Pois é, a prequel será ambientada lá!), seria interessante que alguém tivesse a iniciativa de resgatar o clima daquela série e mostrar quem foram as pessoas que antecederam os Marsall. Uma sugestão: poderia ser um grupo de militares da guerra da secessão norte-americana, uns cinco ou seis, dos quais uma parte morre em virtude dos perigos da terra dos perdidos, que vão 'enfrentar a maior barra' para saírem do local (é que já estou imaginando como isso será veículado na Globo).